O advogado do motorista de José Sócrates entregou hoje um requerimento a pedir a libertação de José Perna, invocando nulidades relacionadas com a prisão preventiva do seu cliente na "operação Marquês", que levou à detenção do ex-primeiro-ministro.
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À porta do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), Ricardo Candeias declarou aos jornalistas que o processo que envolve José Perna, indiciado por fraude fiscal, branqueamento de capitais e posse ilegal de arma, já devia ser público desde outubro, por se terem esgotado todos os prazos do inquérito previstos na lei processual penal.
O advogado sustenta que estão «esgotados» todos os prazos do inquérito, invoca nulidades e diz ter apresentado no requerimento novos factos que, em sua opinião, são «muito relevantes» para que o juiz de instrução criminal substitua a prisão preventiva por outra medida de coação menos gravosa.
Além de Sócrates e João Perna, no âmbito da mesma operação está ainda em prisão preventiva Carlos Santos Silva, empresário e amigo de longa data do ex-líder socialista.
O processo tem ainda como arguido o advogado Gonçalo Trindade que está proibido de contactar com os restantes arguidos, de se ausentar para o estrangeiro, com a obrigação de entregar o passaporte e de se apresentar semanalmente no DCIAP.