O candidato liberal recordou que em Portugal já existiram casos que também mereciam demissão de ministros.
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No sexto dia de campanha, Tiago Mayan Gonçalves reagiu à demissão do Governo dos Países Baixos. O candidato liberal aponta o modelo holandês como exemplo, e destaca a atitude de Mark Rutte.
Em declarações à TSF, Mayan assume que Mark Rutte tomou a melhor decisão, embora o caso não esteja diretamente ligado ao seu Governo. Em causa, um escândalo que envolve a segurança social acusada de má gestão de abonos de família que levou milhares de pais à ruína.
"Ser liberal é assumir as responsabilidades. O que estamos a ver é um Governo que não é o interveniente direto no escândalo, a assumir a responsabilidade política pelo sucedido", explica.
Questionado se, em plena crise económica, o caminho é criar uma crise política, Tiago Mayan defende que a palavra tem de ser dada aos cidadãos. "Manter a podridão, a desconfiança e a falta de austeridade seria uma via pior. O Governo está a assumir as responsabilidades."
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O candidato liberal recordou que em Portugal já existiram casos que também mereciam demissão de ministros. Lembrou a polémica no Ministério da Justiça, com a nomeação de José Guerra como procurador europeu.
Depois de polémicas e ataques pessoais, Tiago Mayan voltou a apelar à prudência para um debate civilizado, e destacou as diferenças para as restantes candidaturas: "Quero ser combativo e não agressivo. Quero ser uma lufada de ar fresco nesta campanha e não explosivo. Quero trazer o calor da discussão, mas um calor solar e não o frio da estagnação das últimas décadas", diz.
O candidato liberal assume que o objetivo é conseguir esclarecer os portugueses. "Independentemente de me tremer a voz, quero expressar as minhas ideias e palavras."
O candidato considerou ainda que as medidas de apoio à economia anunciadas pelo Governo "não são suficientes" porque são "mais do mesmo".
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"Não são. Continuamos a ouvir praticamente mais do mesmo", afirmou o candidato apoiado pela Iniciativa Liberal, que cumpre o sexto dia de campanha eleitoral em Lisboa, tendo na agenda participação num programa de entretenimento numa estação de televisão e num encontro "online" com estudantes.
Na sua opinião, "a fatura continua a ser paga pelos mesmos de sempre" e "a resposta aos pequenos empresários e aos cidadãos que estão confinados não está a ser dada".
O Governo anunciou ainda que os apoios a fundo perdido às empresas vão ser reforçados e os pagamentos antecipados.