
Catarina Martins e João Semedo, do BE
Global Imagens/Steven Governo
Os novos dirigentes do Bloco de Esquerda, Catarina Martins e João Semedo, defenderam hoje a demissão do Executivo PSD/CDS-PP para abrir o caminho a um Governo de esquerda.
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«Para o Bloco de Esquerda (BE), a luta pela dignidade de vida a quem trabalhou e trabalha para este país não é uma bandeirinha na lapela. O BE quer apoiar e participar em grandes iniciativas sociais de resposta ao Governo. Um fórum sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS), um fórum sobre educação, um fórum sobre a Segurança Social. Onde o Governo quer atacar o povo, é onde o povo se deve juntar», declarou Catarina Martins num discurso de cerca de 30 minutos, no encerrametno da VIII Convenção do BE.
Catarina Martins apelou ainda à mobilização dos cidadãos na defesa dos serviços públicos para «reconfigurar o espaço político» e construir «alternativa».
«Que se juntem todos. Médicas e enfermeiras, utentes e administradores, especialistas em saúde, autarcas, movimentos e associações, estudantes e pais, professores, funcionários, pedagogos, sindicatos, para inventariar as dificuldades, os recursos, os custos, as políticas, as vontades, os caminhos», apelou a nova coordenadora do BE.
Também João Semedo considerou hoje urgente parar «o programa suicidário» do atual Governo, defendeu o derrube imediato do executivo PSD/CDS e não repetiu as críticas da véspera ao PS.
O novo coordenador do BE, ao lado de Catarina Martins, apelou ainda à unidade dos bloquistas, afirmando que «no BE há diferenças mas não há linhas».
João Semedo referiu também que o ministro de Estado e das Finanças, Vítor Gaspar, já admitiu que só em 2032 Portugal se vai libertar do peso da dívida.