Demonstrar vazio e incongruências. Mayan quer combater extremismos "olhos nos olhos"
O candidato a Presidente da República assumiu que tanto a esquerda como a direita têm propostas totalitárias.
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Tiago Mayan Gonçalves garante que combater os extremismos só se consegue com confronto de ideias. O candidato da Iniciativa Liberal coloca-se ao lado de Marcelo Rebelo de Sousa e defende que proibir partidos extremistas não é solução.
Numa conferência com estudantes da Universidade Católica, que decorreu online, o candidato da Iniciativa Liberal falou dos extremos políticos em Portugal, e defendeu uma postura de confronto "do vazio e das incongruências entre o que se proclama e o que se faz" nesses partidos.
Mayan apontou ainda a extremos opostos, e assumiu que tanto a esquerda como a direita têm propostas totalitárias. "O comunismo preconiza uma ditadura, da classe operária. André Ventura não se sabe muito bem o que é, mas ouvimo-lo, e têm sinais preocupantes dessa deriva autoritária", explica.
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Quanto ao futuro na política, o candidato apoiado pela Iniciativa Liberal garante que não quer fazer carreira em Belém, e dá o exemplo da limitação de mandatos. "Começou-se a criar a limitação de mandatos ao nível local, mas quando subimos deixa de existir. Essa é uma via que aplicamos, por exemplo, na Iniciativa Liberal. Fui presidente do Conselho de Jurisdição, mas deixou de o ser este ano", sustenta.
Tiago Mayan Gonçalves defendeu ainda que o combate à corrupção começa com a diminuição de burocracias, "num estado menos gordo e burocrático". "Se para abrir uma atividade preciso de cinco carimbos, há cinco oportunidades de corrupção. Se só precisar de um carimbo, matámos quatro oportunidades de corrupção", referiu.
O candidato a Presidente da República afirmou ainda que a Iniciativa Liberal está a crescer "de dia para dia", com ideias que "não são novas, mas são recentes no contexto português".
"Tivemos liberais há 200 anos que trouxeram uma constituição para o país, mas desde aí que não temos liberalismo em Portugal. Ser liberal é querer uma visão distinta das últimas décadas", explicou.
O sexto dia de campanha para as presidenciais decorreu em Lisboa, mas a comitiva segue agora para Sul, com visitas aos aeroportos de Faro e Beja no sábado.
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