Dentro do carro, em casa ou na rua a ouvir o maior Carrilhão itinerante do mundo
Com 63 sinos e 15 toneladas: o "Carrilhão Lvsitanvs" passou esta sexta-feira por Viseu.
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O maior e mais pesado Carrilhão itinerante do mundo, o "Carrilhão Lvsitanvs", passou ontem, Sexta-feira Santa, pelo concelho de Mangualde, no distrito de Viseu, onde deu dois concertos especiais da Páscoa. Foi a segunda vez que este projeto nascido em 2015 realizou um espetáculo no período pascal.
A TSF acompanhou a atuação durante a noite, junto ao largo do município, onde mais de meia centena de pessoas se juntou para ouvir a música que saía dos 63 sinos. A GNR esteve mesmo no local a controlar a situação para evitar grandes concentrações.
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Todas as pessoas estavam de máscara e a cumprir o necessário distanciamento. A família de Cristina Gomes fez questão de estar presente. Entre filhos, irmãs, sobrinhos e cunhados eram uns dez no largo Dr. Couto.
"Viemos todos em família, não se devia, mas viemos. Pensei que até tivesse mais gente sinceramente", afirma Cristina Gomes, salientando que tanto ela como os restantes familiares acharam "muito bonito e inclusive até" fizeram uns "vídeos para mais tarde recordar" a atuação do carrilhão.
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Mais afastado estava Bruno Figueiredo e a filha, que até começaram a assistir ao concerto em casa, através das redes sociais como tinha solicitado a Câmara Municipal, mas a pedido da mais nova os dois lá se deslocaram ao espaço onde estava a decorrer o espetáculo.
"Estávamos a ver em direto do Facebook, só que ela insistiu tanto em vir ver os sinos. Ela queria vir contar os sinos, que são muitos", explica Bruno Figueiredo.
Já dentro de um dos vários automóveis que se encontravam na zona estava Elisa Norte e a filha Inês. As duas optaram por ver e ouvir o "Carrilhão Lvsitanvs" no formato drive in.
"Acho que é melhor estarmos no carro, ao menos não estamos no meio de tanta gente, ainda que não haja muita gente. E estamos a fazer um drive in, que está na moda", atira Elisa Norte.
Já a filha Inês acha "fixe" este tipo de iniciativas que são diferentes das que "normalmente [decorrem] em Mangualde".
O espetáculo durou uma hora e só a chuva, que, entretanto, caiu, afastou grande parte do público.
O reportório apresentado pela carrilhanista Ana Elias foi diversificado, passando pelo "mais erudito, ao mais popular".
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"É um programa variado porque isto é uma novidade no nosso país, o instrumento tem seis anos, é diferente, as pessoas não estão habituadas à sua sonoridade e como queremos promover este instrumento escolhemos sempre um reportório bastante variado", refere.
Quem esteve em casa nas proximidades do largo Dr. Couto, só teve que abrir a janela para escutar melhor o som que estava a chegar da rua.
"Tudo depende de todas as barreiras que temos pelo caminho, das paredes, das condições climatéricas, mas um, dois quilómetros eu acredito que se possa ouvir bem, basta abrir a janela de casa", defende.
O "Carrilhão Lvsitanvs" anda na estrada há seis anos. É composto por 63 sinos, sendo que o mais pesado tem cerca de 1.300 quilos. O mais pequeno pesa um quilo e meio. No total são 15 toneladas "de música".