Desde que criou um portal para denuncia de cibercrimes, em 2016, a Procuradoria-Geral da Republica recebeu mais de 400 queixas. Difamações e burlas foram os crimes que deram origem a mais denuncias.
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Nos últimos 3 anos, a Procuradoria-Geral da Republica (PGR) recebeu 423 denuncias de cibercrimes. Depois de analisadas, 129 acabaram por ser remetidas ao Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa para abertura de inquérito.
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Entre as denúncias mais frequentas recebidas no canal da PGR (cibercrime@pgr.pt) estão crimes particulares, como difamações, e crimes de burla em compras ou vendas na Internet. Desde que o portal foi criado, em 2016, o numero de denuncias aumentou todos os anos, só em 2018 foram 160.
Este tipo de crime é aliás uma das maiores preocupações da PGR. A procuradora-geral da República, Lucília Gago, admite que Lisboa e Porto estão um passo à frente do resto do país e que a investigação de cibercrimes não tem sido distribuída de forma uniforme e especializada a nível nacional.
Um dos desafios passa pela criação da rede nacional de magistrados especializados em criminalidade informática, para dar aos procuradores acesso privilegiado a inquéritos e obtenção de prova digital.