Denunciar ou não? É preciso ajudar as vítimas de violência a vencer esta "luta interior"
Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres assinala-se este domingo.
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Ligo ou não ligo? Esta tem de deixar de ser uma dúvida das mulheres vítimas de violência doméstica.
O apelo à denúncia é reforçado numa nova campanha pela eliminação da violência contra as mulheres, uma iniciativa da secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade em colaboração com várias entidades.
O objetivo é "reforçar a confiança" das vítimas que muitas vezes enfrentam "luta interior" face a uma hesitação compreensível e "combater a ideia fatalista de que não há alternativa a uma situação de violência" , diz Rosa Monteiro à TSF.
"Sair da situação implica uma mudança de vida e o não se saber o tipo de resposta que existe por vezes assusta", mas o Estado tem capacidade para apoiar todas as mulheres que peçam ajuda, assegura.
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A violência doméstica é crime público. A denúncia pode partir das vítimas mas também de pessoas que tenham conhecimento de situações de violência, através do 800 202 148.
Foram registadas no ano passado 26 mil ocorrências de violência doméstica e já em 2018 houve 21 homicídios de mulheres.
A campanha "#VamosGanharALutaContraAViolência" surge a propósito do Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres, que se assinala no próximo dia 25 de novembro, e conta com o apoio da Associação de Mulheres Contra a Violência (AMCV), Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), a Associação Portuguesa de Mulheres Juristas (APMJ), o Movimento Democrático de Mulheres (MDM), a Associação Plano I, a Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres (PPDM), a União das Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) e a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG).