Cláudia Maia, a presidente da Associação Portuguesa de Imprensa, espera alguma ação para aplicar mudanças nos apoios do Estado. E diz que a prioridade é incentivar as pessoas a pagar pelo que lêem.
Corpo do artigo
A presidente da Associação Portuguesa de Imprensa lamenta o esquecimento de sucessivos governos quanto aos problemas dos meios de comunicação em Portugal.
Cláudia Maia, em funções há menos de um ano, considera que se tem discutido muita coisa, mas quanto chega a hora de avançar, nada acontece.
Outra crítica é a a falta de avaliação aos incentivos que foram criados em 2015 para a transição digital dos média.
Entrevistada pela TSF, a caminho do V Congresso dos Jornalistas, Cláudia Maia, explica que, nos últimos anos, o setor das publicações tem somados crises que estão a juntar-se numa tempestade perfeita.
Desde o preço do papel, à quebra nas receitas de publicidade, passando por problemas na distribuição, tudo tem contribuído para uma crise que deixa de rastos o setor, e que pode não ter recuperação.
A presidente da associação que representa a maioria dos patrões da imprensa em Portugal diz que é preciso trabalhar para educar o público no sentido da necessidade de pagar para ter informação credível.
Cláudia Maia sugere um olhar para exemplos de outros países que de maneiras diferentes já apoiam a comunicação social em papel e no digital.