Não são muitos casos, mas três meses depois das eleições autárquicas ainda há juntas de freguesia sem sede devido à agregação de antigas freguesias independentes.
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A Associação Nacional de Freguesias admite que há algumas juntas onde quem foi eleito ainda não se entendeu sobre o local da nova sede. Serão no entanto uma minoria.
No entanto, o presidente da ANAFRE, Armando Vieira, diz que se estes casos são uma minoria e que globalmente o processo de criação e instalação das novas juntas nascidas há três meses foi relativamente tranquilo e globalmente positivo.
Um dos casos que está por resolver, em que o impasse se mantem é o da união das freguesias de Amoreira de Gândara, Paredes do Bairro e Ancas, no concelho de Anadia, os membros eleitos para a nova junta não se entendem quanto ao local da sede e por isso bloquearam o processo de eleição do executivo.
A presidente Ema Paula Pato diz que ninguém quer ser eleito, pois assim deixa de pertencer à assembleia, o orgão que pode votar o local da nova sede.
No caso de freguesias agregadas a lei prevê que se pode votar um novo local para a sede da junta, se não houver entendimento mantém-se a localização prevista na Lei, que neste caso é Paredes do Bairro.
A data limite para um entendimento é 21 de janeiro. Sem executivo, a presidente Ema Paula Pato afirma que não deixa de prestar o serviço à população, ainda que a semana de trabalho seja um pouco diferente, pois tem de ir a cada uma das atuais sedes durante a semana.
O que vale, sublinha esta presidente de junta sem sede certa, é que as três freguesias ficam a poucos minutos de distância umas das outras.
A TSF perguntou ao Governo o que pensa sobre estes casos.
Fonte do gabinete do secretário de Estado da Administração Local garantiu que o processo de instalação das novas juntas «tem decorrido globalmente de forma muito tranquila, eficaz e com continuação efetiva dos serviços públicos prestados pelas freguesias aos cidadãos».