Depois de património nacional Festa dos Tabuleiros quer ser património da UNESCO
Tomar quer candidatar a Festa dos Tabuleiros a património imaterial da humanidade.
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A festa realiza-se de quatro em quatro anos e este ano é ano de festa. São esperados 500 mil visitantes apenas para o principal cortejo, o cortejo do mordomo, que este ano, pela primeira vez, tem uma "mordoma": uma mulher aos comandos da festa.
O número total de visitantes será superior.
A candidatura a património imaterial da humanidade vai acontecer depois da candidatura a património nacional. O inventário, que será avaliado técnica e cientificamente, deve ser entregue durante o mês de julho.
A festa dos tabuleiros de Tomar é considerada uma das mais antigas de Portugal e quer ser reconhecida como património imaterial da humanidade.
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Mas antes que seja reconhecida pelo mundo, é preciso que Portugal a reconheça primeiro como seu património. "Faz sentido que sejamos reconhecidos primeiro dentro de portas e depois aproveitar esse trabalho de inventário para a candidatura internacional", refere Anabela Freitas, presidente da Câmara Municipal de Tomar.
A ideia da candidatura é antiga, mas agora é que vai avançar. O investigador de história contemporânea, André Camponês, explica algumas das referências que estão a ser reunidas para apresentar a candidatura.
Este ano, pela primeira vez, esta festa tem uma mordoma mulher: Maria João Morais. Vão ser 300 tabuleiros à cabeça de nabantinas no cortejo principal. Cada tabuleiro tem a altura da mulher que o sustem.
Amanhã há o chamado cortejo dos rapazes, composto pelas crianças, que foi reativado nos finais do século XX. O cortejo dos tabuleiros, o do mordomo, data de 1884.