Após percorrerem 738 quilómetros, professores admitem fazer greve a avaliações e exames
Sindicatos decidem na quarta-feira se endurecem a luta para o final do ano letivo.
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De carro, mota ou bicicleta, a caravana da plataforma de sindicatos dos professores chegou ao fim da Estrada Nacional 2, depois de percorrer os 738 quilómetros que unem Chaves a Faro. Um percurso feito em seis dias e meio, para dar visibilidade à luta dos professores e onde, na travessia, fizeram vários plenários.
"Contactámos com milhares de professores no caminho e fizemos passar uma mensagem importante, relativamente ao tempo de serviço", afirmou Mário Nogueira à chegada. Essa mensagem é a de que " se uma estrada longa não se faz de uma vez porque é muito, também o tempo de serviço deve e tem que ser contado faseadamente".Desta forma o secretário-geral da FENPROF lembra a reivindicação e a luta dos professores pelo pagamento do tempo de serviço que lhes foi " roubado".
Em declarações aos jornalistas recordou que a próxima iniciativa dos sindicatos está marcada e vai realizar-se já para a semana, com uma greve e manifestações em Lisboa e Porto, rodeadas de algum simbolismo." De hoje a uma semana, há uma grande greve, a 6/6/23, seis anos, seis meses e vinte e três dias, precisamente o tempo de serviço que estão a roubar aos professores", esclarece.
Questionado sobre se admite avançar com greves às avaliações no final do ano letivo, o dirigente sindical deixa essa decisão em suspenso até amanhã, quarta-feira, quando se realizar uma reunião entre as organizações sindicais em Coimbra.
"Vamos tomar a decisão em relação às avaliações e exames e ao meio dia, em conferência de imprensa, iremos dizer o que vamos decidir", continua. " O Ministério da Educação saberá o que quer para o final do ano letivo", afirma em tom de aviso. O sindicalista garante que os professores vão continuar o braço de ferro com o Ministério da Educação e não vão desistir de lutar por aquilo que consideram justo. " Se este ministro não tiver capacidade para ouvir os professores, tem bom remédio, é pôr-se a andar", sentencia.
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