Um deputado cumpriu hoje a peregrinação que fez, a pé, entre o Parlamento e o distrito de Viseu onde reside. Este deputado, de quem partiu a iniciativa de instituir o Dia do Peregrino, celebrado na terça-feira, quis "homenagear todos aqueles que morreram a caminho de Fátima" mas também saudar uma vocação.
Corpo do artigo
À porta de casa repousam as botas e o bordão. Do parlamento, em Lisboa, a Canas Santa Maria, em Tondela, "foram 7 noites e oito dias de marcha. Um "passeio" de 300 quilómetros para homenagear os que fazem os caminho da fé, mas também aqueles que morreram em peregrinação", diz João Carlos Figueiredo.
Do Sul para Norte o deputado foi vendo "outro país e outras pessoas", algumas perceberam o sentido deste política feito andarilho. "Cumprimentavam-me dizendo bom caminho, o código de quem percorre os trilhos da fé".
Cumprida a legislatura o deputado peregrino diz que a jornada politica lhe deu "outra sensibilidade. Deixem alguns sonhos na mochila, nem sempre conseguimos tudo o que sonhamos, mas continuo a acreditar no meu país".
No final desta longa jornada a constatação que "as dores do caminho, seja ele por Fátima ou por Santiago, não são muito diferentes das dores da política"..
No final da peregrinação o adeus ao Parlamento e o regresso à vida normal.