Deputados da maioria não acolhem proposta do Conselho de Administração da Assembleia
A proposta para reduzir o número de elementos da Unidade Técnica de Apoio Orçamental, na Assembleia da República, não é pacífica. A decisão ainda não foi tomada, mas os partidos em bloco não concordam com o corte.
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A proposta para se reduzir a UTAO, a Unidade Técnica de Apoio Orçamental, de forma a cortar custos, surgiu do Conselho de Administração, presidido pelo social-democrata Couto dos Santos, mas esbarrou na Comissão de Orçamento e Finanças.
Eduardo Cabrita, o presidente da Comissão, disse «haver a consciência da situação que o país vive, que se traduz objectivamente numa situação de acréscimo significativo de trabalho que recai sobre a Comissão de Orçamento e Finanças.
Ora, nisto Eduardo Cabrita foi secundado por todos os grupos parlamentares, incluindo os da maioria. Numa altura em que a Comissão de Orçamento e Finanças tem cada vez mais trabalho, dada a conjuntura do país, a UTAO tem também ela, por arrasto, mais para fazer. Duarte Pacheco, do PSD, corrobora, o mesmo acontece com Michael Seufert, do CDS. Opinião semelhante nos partidos à esquerda.
A UTAO tem, actualmente, seis membros cuja requisição termina no fim do ano, embora os estatutos digam que deve funcionar com oito a dez elementos.
Os deputados não parecem inclinados a aceitar que a entidade que dá apoio às questões técnicas orçamentais possam funcionar com menos gente.
A Comissão prepara-se, assim, para recusar a proposta de reflexão que chegou do Conselho de Administração da Assembleia, mas a decisão ficou adiada para a próxima reunião.