O BE decidiu abrir um «processo de avaliação, discussão e mudança na estrutura de base», na sequência da derrota autárquica, anunciou o coordenador João Semedo.
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João Semedo falava aos jornalistas sobre as conclusões da reunião da Mesa Nacional do Bloco, o órgão máximo entre convenções, que reuniu hoje num hotel de Lisboa.
«Decidimos abrir no Bloco de Esquerda um processo de avaliação, discussão e mudança na estrutura de base organizativa do Bloco e na articulação da estrutura de base do Bloco com a direção», anunciou João Semedo.
O objetivo é «ultrapassar as fragilidades» do trabalho local, afirmou, como condição para «melhores resultados autárquicos» no futuro.
Semedo assumiu que o partido teve «um mau resultado eleitoral», uma «derrota», independentemente de valorizar o resultado no Funchal, em que participam da coligação que venceu a autarquia, assim como «pequenas vitórias», como a eleição de novos vereadores e de cidadãos independentes apoiados pelo BE.
O BE perdeu a única presidência de Câmara que detinha, Salvaterra de Magos, no distrito de Santarém, e não elegeu o próprio João Semedo como vereador em Lisboa.
Semedo assume que os coordenadores têm «mais responsabilidade» perante os resultados, apesar de as vitórias, como as derrotas, serem igualmente coletivas.
Contudo, o coordenador bloquista afirmou que a liderança paritária com Catarina Martins não foi colocada em causa na reunião da Mesa Nacional, nem quanto aos protagonistas nem quanto à forma da liderança.
O objetivo do processo de avaliação, discussão e mudança das estruturas de base do Bloco é «encontrar um novo modelo de organização de base», adiantou Semedo.
O processo de discussão decorrerá este mês e no mês de novembro e será concluído numa conferência nacional no final do ano ou no início de 2014, disse.