O presidente da associação do setor garante à TSF que os próximos meses vão ser decisivos.
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A associação que representa os mediadores e angariadores imobiliários diz que não se pode associar a pandemia à descida do valor médio das avaliações bancárias feitas em março. O Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou esta segunda-feira que a avaliação das casas caiu no mês passado, pela primeira vez em quatro anos.
A queda foi ligeira, apenas 1 euro para 1110 euros, e não foi uniforme em todo o país. Ainda assim, a descida foi encarada como um primeiro sinal na inversão do preço das habitações, ideia refutada pela Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária.
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O presidente da associação, Luís Lima, indica que os próximos meses vão ser decisivos. No entanto, para já, a queda é residual. "É uma percentagem muito pequena, e ninguém pode assumir que está relacionada com o momento que estamos a viver. O setor financeiro, no mês de março, ainda fez as avaliações dentro da normalidade", garante à TSF.
Ainda assim, Luís Lima admite que a crise provocada pelo novo coronavírus vai ter repercussão nas avaliações bancárias. Numa comparação com a crise de 2008, o presidente da associação refere que os bancos "não têm de vender carteiras a qualquer preço, porque não precisam de fazer previsões rapidamente". Para além disso, na crise anterior o setor tinha excesso de stock, o que não acontece na atual situação.
Nos valores revelados pelo INE, em todo o país, a descida de 1 euro em março de 2020 na avaliação por metro quadrado representa uma quebra de 0,1% relativamente a fevereiro. Já em comparação com março de 2019 os 1.110 euros de mediana representam um aumento de 10,3%.
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