O valor da dívida pública fica abaixo das previsões do Governo e é o número mais baixo desde 2010.
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Com os resultados conhecidos hoje da economia portuguesa, Fernando Medina anuncia que a dívida pública recuou para níveis pré-pandemia e pré-troika, superando as expectativas do Governo. Ouvido no Parlamento, o ministro das Finanças sublinha que a dívida pública situa-se em 113.8 por cento do PIB, em 2022.
Perante os deputados, na primeira audição regimental do ano, na Comissão de Orçamento e Finanças, Fernando Medina começou, desde logo, por destacar os "bons resultados" da economia portuguesa.
"Posso hoje anunciar que, pela primeira vez. A dívida pública em Portugal irá reduzir-se para 113, 8 por cento do produto em 2022. Este é uma valor que recua para valores antes da pandemia e antes da troika", destacou.
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Fernando Medina salienta "a descida impressionante" de quase 12 pontos percentuais, sendo o valor menor desde 2010, ainda no Governo de socialista de José Sócrates. O número coloca Portugal próximo da dívida de Espanha, de acordo com os dados do ministério.
Portugal foi o quarto país da zona euro com o maior pacote de apoios à mitigação de preços, para combater a inflação, de acordo com o ministro, embora Medina admita que os preços "vão continuar elevados" em 2023.
"A subida dos preços deverá ficar mais contida, mas o custo de vida continuará elevado para todos. É, por isso, fundamental continuará a ser fundamental encarar os dados económicos com humildade, ajustando as decisões à luz da melhor informação disponível", disse.
O Governo "estará pronto para agir" sempre que for necessário, garante o ministro, tendo em conta que "as contas certas" permitem ao Estado "ter capacidade de resposta".
A redução da dívida é um dos objetivos do Governo socialista, desde que tomou posse há um ano, com Fernando Medina como responsável pela pasta das Finanças.
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