"Desconcertante falta de liderança." ASPP acusa direção da PSP de "passividade" e exige medidas "urgentes e eficazes"
O sindicato lamenta a "ausência de uma postura firme e proativa na busca de soluções" para os problemas destes profissionais
Corpo do artigo
A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) acusou esta quinta-feira a direção da PSP de "passividade", lamentando a sua "desconcertante falta de capacidade de gestão e liderança" para resolver os problemas no setor.
Numa nota enviada ao diretor nacional da PSP, Luís Carrilho, a estrutura sindical lamenta a "inação" da organização, assim como a falta de progresso. Apesar de reconhecerem que existem "questões da responsabilidade do Governo em que a PSP se encontra limitada", afirmam que não podem aceitar a "ausência de uma postura firme e proativa na busca de soluções".
Em causa está a carência de efetivos, atrasos nos pagamentos de serviços remunerados, a situação "crítica" da pré-aposentação, o "desrespeito" pela representatividade sindical nas polícias municipais, a confusão "brutal" sobre o despacho de férias e a "ausência de medidas" para combater a crescente insegurança e insatisfação nas fileiras da PSP.
O sindicato garante por isso que continuará a sua "posição firme" na defesa dos direitos destes profissionais e exigem que a direção tome "medidas urgentes e eficazes" para resolver estes problemas.
"Ainda os despachos de exceção que se acumulam acompanhados de frágil fundamentação e legalidade ténue e onde se percebe que não mereceram a atenção do DN/PSP face à sua continuidade, a contínua falta de respostas satisfatórias aos pedidos de informação feitos pela ASPP/PSP a ausência de diálogo, a desconsideração das legítimas preocupações e o silêncio relativamente a inúmeras situações que carecem de atenção não são aceitáveis", lê-se na nota enviada.
A ASPP argumenta ainda que os polícias "merecem respeito, dignidade e, acima de tudo, uma gestão que se preocupe verdadeiramente com o seu bem-estar e com a eficácia da sua missão".