É a opinião do responsável de combate ao cibercrime da Policia Judiciária. Em entrevista à TSF, no Dia Europeu da Internet Mais Segura, Carlos Cabreiro avisa que os criminosos não estão tão à frente da polícia como se possa julgar.
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O responsável pela principal unidade de investigação de crimes informáticos em Portugal, diz à TSF que alegar desconhecimento ou inconsciência, no uso desadequado de novas tecnologias "já não colhe, com tanto tempo que dedicamos à utilização de todo o tipo de dispositivos".
Carlos Cabreiro, é o diretor da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e Crime Tecnológico (UN3CT), da Polícia Judiciária, e aproveita o Dia Europeu da Internet Mais Segura, para deixar avisos sobre a utilização de todo o tipo de tecnologias.
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E diz que há crimes tradicionais a migrarem para a Internet, mas também há novos crimes que crescem no terreno informático. E esse crescimento do cibercrime, tem-se acentuado, nos últimos anos.
Mesmo assim, garante a polícia não está tão atrasada na investigação deste tipo de crimes, como os criminosos possam pensar.
Sobre as vantagens de aprender com os criminosos, ou mesmo recrutá-los, Carlos Cabreiro, sublinha que em Portugal não é possível esse tipo de recrutamento.
A pandemia trouxe mais gente para dentro de casa, e colocou mais gente a utilizar mais tempo os computadores para estudar, trabalhar, ou para consumir entretenimento.
Mas a Policia Judiciária não detetou uma alteração significativa dos padrões de denúncias.
Quanto às crianças, podem estar a praticar atos menos recomendáveis, e por isso é essencial que os pais mantenham muita atenção sobre os comportamentos dos mais novos. Carlos Cabreiro sublinha os risco de devassa e de partilha de dados pessoais.
Pode ouvir aqui a entrevista de Nuno Domingues a Carlos Cabreiro, o diretor da UN3CT da Policia Judiciária, a propósito do Dia Europeu da Internet Mais Segura.