Desmantelada rede criminosa transnacional de tráfico de droga. Há seis detidos em Portugal
O principal responsável da estrutura, que tinha um mandado de detenção europeu, foi detido em Portugal. É reconhecido policialmente como "um suspeito de elevada relevância criminal no submundo do tráfico ilícito de estupefacientes"
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A Polícia Judiciária (PJ) e o Cuerpo Nacional de Policia de Espanha, com o apoio da Europol, desmantelaram uma rede criminosa transnacional dedicada à introdução de "grandes doses" de cocaína no continente europeu. Na sequência desta operação foram detidas 25 pessoas.
Em Portugal, a operação Fóssil, desenvolvida pela Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da PJ, "traduziu-se na detenção de seis cidadãos", nomeadamente o principal responsável da estrutura, que operava em território nacional e transportava droga para a Europa. O suspeito, que tinha um mandado de detenção europeu, é reconhecido policialmente, em termos internacionais, como sendo um "High Value Target", ou seja, "um suspeito de elevada relevância criminal no submundo do tráfico ilícito de estupefacientes".
Foram ainda realizadas nove buscas domiciliárias em território luso e apreendidos vários bens: "Cinco automóveis de gama alta, elevadas quantias de dinheiro em numerário, material informático, documentação e pequenas quantidades de droga e anabolizantes."
"Ao longo de mais de um ano a investigação incidiu sobre as atividades ilícitas de vários cidadãos nacionais e estrangeiros que integravam a componente nacional de apoio logístico à referida organização criminosa, tendo sido identificados diversos projetos criminosos através dos quais a rede, agora desmantelada, se preparava para introduzir grandes quantidades de droga no continente europeu através de um aeroporto em Portugal, outro no Reino Unido e de portos espanhóis, contando, para o efeito, com o apoio de funcionários daquelas estruturas", explicou a PJ, num comunicado enviado às redações.
Já em Espanha, a operação traduziu-se na detenção de outros 19 cidadãos de várias nacionalidades e na apreensão de 460 quilos de cocaína. A investigação, que começou há mais de um ano, ainda não está concluída, pelo que as "diligências prosseguem".