Números revelados pelo Infarmed mostram que, nos primeiros seis meses deste ano, a despesa com medicamentos baixou nas farmácias, mas os gastos nos hospitais aumentaram.
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Esta redução fica, sobretudo, a dever-se a uma menor despesa com a comparticipação dos fármacos vendidos pelas farmácias. Mas o cenário inverte-se nos hospitais, onde a factura continuou a "engordar".
Só os hospitais já gastaram mais 83 milhões de euros nos primeiros 6 meses do ano.
Uma subida de 4,1 por cento em relação ao mesmo período do ano passado, e não estão incluídos nestes números, os hospitais Amadora/Sintra, as parcerias público-privadas de Braga e Cascais, nem o Hospital de Vila Franca de Xira.
O relatório do Infarmed revela que o Centro Hospitalar Lisboa Norte, que inclui o Santa Maria e o Pulido Valente, foi o que mais gastou em medicamentos: 69 milhões de euros, mas o Centro Hospitalar São João no Porto foi o segundo, com um aumento de 32 por cento.
Uma subida estrondosa foi a do Hospital Cândido de Figueiredo, em Tondela, que gastou mais 343 por cento em relação ao ano passado.
A oncologia e a infecciologia são as áreas com mais custos, 40 por cento dos gastos com medicamentos vai para estas duas especialidades.
Mas se os hospitais gastaram mais, no outro prato da balança, as comparticipações sobre os medicamentos comprados nas farmácias baixaram 19,5 por cento, o que representa uma poupança de quase 168 milhões de euros.