O relatório anual sobre a evolução do fenómeno da droga na Europa mostra aumento da produção de drogas no espaço comunitário.
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De acordo com dados do Observatório da Droga e da Toxicodependência, apresentados esta quinta-feira, em Bruxelas, "a disponibilidade de drogas continua elevada e a produção de drogas na Europa está a aumentar", adiantou o comissário Dimitris Avramopoulos, durante a apresentação do relatório anual.
O comissário para os Assuntos Internos e Cidadania considera que este relatório apresenta "sinais positivos", mas também se refere a conclusões que classifica como "preocupantes", relativamente ao fenómeno das drogas na Europa.
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Um dos dados em causa refere-se à evolução das drogas sintéticas, que apesar da deteção ter caído para cerca de metade do máximo registado em anos anteriores, continuam a aparecer novas fórmulas todos os anos.
"Em 2017, 51 novas substâncias foram detetadas pela primeira vez na Europa. Em inferior a qualquer um dos cinco anos anteriores e representa um declínio desde o nível mais alto, de cerca de uma centena de novas drogas identificadas, que foi alcançado em 2014 e 2015", disse o comissário.
O relatório aponta, porém, a cocaína "em estado cada vez mais puro" como a droga mais consumida na Europa, com mais de dois milhões de consumidores. O comissário para os Assuntos Internos e Cidadania alerta para as consequências mais evidentes deste fenómeno.
"O problema das drogas continua a ser uma ameaça importante para a saúde e para a segurança dos cidadãos e, especialmente para os nossos jovens", alertou, lançando um apelo ao envolvimento de todas as entidades, para dar eficácia ao combate às drogas na Europa.
"Esta ameaça persistente só pode ser travada se todos trabalharmos em conjunto, em toda a Europa e com os nossos parceiros internacionais", afirmou o comissário.