Doente chegou ao Porto vindo do Brasil.
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Foi diagnosticado em Portugal mais um caso importado da doença de Hansen, mais conhecida por lepra, com origem no Brasil. A notícia está a ser avançada pela RTP3 e foi confirmada pela TSF.
Segundo RTP, trata-se de um doente que terá contraído a infeção no Brasil há menos de um mês.
Isto depois de na quinta-feira a Direção Regional da Saúde da Madeira ter confirmado a existência de um primeiro caso em território português, uma mulher de nacionalidade brasileira residente na região autónoma e infetada também numa deslocação ao Brasil. Os testes aos contactos próximos deram negativo para a infeção e estão a ser alvo de medicação preventiva.
Num comunicado enviado às redações, a Direção-Geral da Saúde (DGS) confirma os dois casos e indica que os dois doentes já deram início ao tratamento.
Segundo explica à TSF Sandra Figueiredo, da Associação Portuguesa Amigos de Raoul Follereau, o tratamento da lepra é simples, à base de comprimidos, e "a partir do momento que a pessoa é diagnosticada e começa a tomar a medicação deixa de ser contagiosa".
"Aliás, a doença da lepra é de difícil contágio", explica. Transmite-se através de gotículas, mas o bacilo que provoca a doença morre ao sair do corpo. Ou seja, a probabilidade de a doença ser transmitida de pessoa para pessoa é de menos de 5%.
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Esta é uma doença geralmente associada a falta de água, má alimentação, falta de higiene e pobreza extrema, aponta Sandra Figueiredo. "O Brasil é o segundo país no mundo com maior número de casos de lepra", depois da Índia.
Sobre o primeiro caso, detetado na Madeira, a Associação Portuguesa Amigos de Raoul Follereau contactou a Direção Regional da Saúde para oferecer apoio no tratamento da doente, mas não obteve resposta.
Segundo a DGS a doença é erradicada em Portugal e os casos reportados anualmente são sempre casos importados, numa média de dois a seis casos por ano.
Notícia atualizada às 14h23