"Devemos estar atentos para não nos deixarmos enganar." Papa alerta para "ilusões do mundo virtual"
"Quantos lobos se escondem por trás de sorrisos de falsa bondade, dizendo que conhecem quem és, mas sem te querer bem", questionou Francisco.
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O papa Francisco alertou esta quinta-feira para os perigos do "mundo virtual", avisando para os "lobos" da "falsa bondade".
"O teu nome é conhecido, aparece nas redes sociais, é processado por algoritmos que lhe associam gostos e preferências. Mas tudo isso não interpela a tua singularidade, mas a tua utilidade para pesquisas de mercado", disse Francisco durante o discurso na Cerimónia de Acolhimento, realizada no Parque Eduardo VII.
O líder da Igreja Católica prosseguiu para falar dos que prometem, mas depois descartam "quando já não útil".
"Quantos lobos se escondem por trás de sorrisos de falsa bondade, dizendo que conhecem quem és, mas sem te querer bem, insinuando que creem em ti e prometendo que serás alguém, para depois te deixarem sozinho, quando já não lhes fores útil", referiu o papa.
Tudo isto para fazer o tal aviso: "São as ilusões do mundo virtual e devemos estar atentos para não nos deixarmos enganar, porque muitas realidades que nos atraem e prometem felicidade mostram-se depois pelo que são: coisas vãs, supérfluas, substitutos que deixam o vazio interior."
Estas palavras foram precedidas pelo discurso do "chamado pelo nome".
"Tu és chamado pelo nome, tu és chamada pelo nome, eu sou chamado pelo nome. Ao princípio da teia da vida, ainda antes dos talentos que possuímos, das sombras e feridas que carregamos dentro de nós, recebemos um chamamento. Chamados, porque amados. Aos olhos de Deus somos filhos preciosos, que Ele cada dia chama para abraçar e encorajar; para fazer de cada um de nós uma obra-prima única e original, cuja beleza mal conseguimos vislumbrar", referiu.
"Na Igreja há espaço para todos e, quando não houver, por favor façamos com que haja. Todos, todos!"
O papa Francisco disse, durante a sua homilia, que "na Igreja há espaço para todos" e pediu aos peregrinos que juntamente consigo repetissem: "todos, todos, todos!"
O chefe da Igreja Católica sublinhou que a Igreja "é, e deve ser cada vez mais, aquela casa onde ressoa o eco da chamada pelo nome que Deus dirige a cada um".