O período de adaptação ao novo regulamento de aprumo e fardamento terminou ontem. A PSP considera "residual" o número dos que estavam em incumprimento.
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Seis meses depois da entrada em vigor do despacho que atualizou as regras de aprumo, apresentação e uso do uniforme e traje civil dos elementos da PSP, terminou ontem o período dado pela direção nacional daquela polícia para a remoção de tatuagens com referências racistas, partidárias ou violentas.
Questionada pela TSF, a PSP refere que "o número de pessoas que optou pela remoção é residual" e adianta que atualmente "verifica-se o cumprimento generalizado dos normativos em vigor". Segundo conseguimos apurar, foram cerca de dez elementos que removeram tatuagens.
O despacho de setembro de 2020 veio revogar as anteriores regras que datavam de 2008 e estabelece que "são expressamente proibidas tatuagens, em qualquer parte do corpo, que nomeadamente contenham símbolos, palavras ou desenhos de natureza partidária, extremista, rácica, ou de incentivo à violência". Além disso, são também proibidas outras tatuagens "nas mãos até à linha dos pulsos, no pescoço e na cabeça".
"As tatuagens só poderão ser visíveis no braço, acima da linha do cotovelo, e na perna, 10 centímetros acima da linha do tornozelo".
Quem não cumprir com estes limites terá de ocultar as tatuagens com uma peça de uniforme ou, em alternativa, com manga elástica. De acordo com a PSP, "só quando o uso da manga elástica não garanta a cobertura da tatuagem ou a pessoa não queira optar por essa solução é que o despacho prevê a remoção da tatuagem, que surge como uma das opções possíveis, visando o cumprimento da norma".
A direção nacional da PSP garante que continuará a pugnar pela estrita observação de todas as normas que enquadram o serviço policial.