"Lamentável." Catorze bombeiros de Espinho com processo disciplinar após convívio
Comandante da corporação adiantou que os 14 bombeiros não cumpriram o plano de contingência delineado para aquele quartel.
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Catorze elementos dos Bombeiros do Concelho de Espinho (distrito de Aveiro) estão em vigilância ativa à Covid-19, porque confraternizaram todos numa "ceia na cozinha do quartel", onde a lotação era de seis pessoas, indicou este sábado fonte oficial.
Em declarações à agência Lusa, o comandante da corporação, Pedro Louro, adiantou que os 14 bombeiros, que estão em casa em vigilância ativa por terem contactado com um caso positivo de Covid-19, vão ser "alvo de um processo disciplinar" por não terem cumprido o plano de contingência delineado para aquele quartel no combate ao novo coronavírus.
"Toda a brigada de serviço esteve a confraternizar durante o período da ceia na cozinha do quartel, cujo plano de contingência determina que a lotação da cozinha é de seis pessoas", explicou Pedro Louro, acrescentando que foi feito um comunicado interno a dar indicação de que se iria "agir disciplinarmente", por causa da quebra das regras do plano de contingência.
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Segundo o comandante, de momento só há "um caso positivo de um bombeiro com a Covid-19". Todos os elementos que estiveram a confraternizar na ceia estão em isolamento profilático e vigilância ativa.
Em declarações à TSF, o bombeiro admite que é um caso que envergonha toda a corporação.
"É um comportamento lamentável contra todas as regras estabelecidas, contra todas as práticas que temos vindo a ter desde março e que, obviamente, nos envergonha a todos", desabafou Pedro Louro.
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A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 2 384 059 mortos no mundo, resultantes de mais de 108,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 15 183 pessoas dos 784 079 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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