Dezenas de ambientalistas prometem não abandonar Quinta dos Ingleses para denunciar "grande atentado ambiental"
A população manifesta-se contra um "mega empreendimento de luxo pé do litoral", que irá aumentar a gentrificação e a poluição na zona
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Dezenas de cidadãos entraram na manhã deste sábado na Quinta dos Ingleses, em Carcavelos, concelho de Cascais, que está entaipada para a construção de um empreendimento de luxo, como forma de “protesto firme pela razia e abate indiscriminado de milhares de árvores”.
A iniciativa, do movimento Alvorada da Floresta, reúne cerca de 50 pessoas que denunciam o abate de "milhares de árvores" a pretexto de um empreendimento. Os manifestantes ameaçam ainda acampar na quinta para exigir "o cessar imediato do abate de árvores e o fim da ação de máquinas na Quinta dos Ingleses" por parte da proprietária do terreno. A reivindicação é apoiada por uma recente petição com mais de 11 mil assinaturas.
João Sousa, do movimento Alvorada da Floresta, revela à TSF que há também animais em risco e acusa os promotores da obra de egoísmo.
"Já começaram a abater bastantes árvores a uma velocidade alucinante e tem sido bastante doloroso para todos observar a queda de árvores centenárias e sem nenhum plano por parte da promotora Alves Ribeiro de lidar com os animais da Quinta dos Ingleses. Existem ouriços-cacheiros que não se conseguirão pôr numa situação favorável à sua sobrevivência", aponta.
Apesar do esforço feito, com uma petição em curso e um processo em tribunal, João Sousa lamenta que a entidade "teime em usar do seu egoísmo para cometer este grande atentado ambiental". Em causa, diz, está um "mega empreendimento de luxo pé do litoral", que irá aumentar a gentrificação e a poluição na zona.
João Sousa promete, assim, que o movimento ecológico vai ficar na floresta até ter uma resposta por parte do grupo de empresários envolvido na construção.
"Vamos ficar aqui Alves Ribeiro se proponha a encerrar o abate de árvores e a abandonar este projeto criminoso para Carcavelos e para Portugal. É preciso dizer basta. Basta de destruir os ecossistemas e os biomas que são tão úteis para todos nós nestas circunstâncias de alterações climáticas e perda de biodiversidade", afirma.