Dezenas de artistas juntam-se este domingo numa iniciativa solidária com Moçambique
Mais de 60 músicos, pintores e ilustradores reúnem-se na Galeria Zé dos Bois, no Bairro Alto, num evento de ajuda à população moçambicana. Contribuições e donativos são entregues ao Grupo Unidos pela Beira.
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B Fachada, Selma Uamusse, Gisela João, Bruno Silva, Lula Pena, Primeira Dama ou Filipe Sambado são apenas alguns entre dezenas de músicos que se juntam, este domingo, na Galeria Zé dos Bois (ZDB), em Lisboa, para um concerto solidário de ajuda a Moçambique e às populações atingidas pelo ciclone Idai.
Ao todo, mais de 60 artistas, entre músicos, pintores ou ilustradores vão passar pelo terraço da ZDB, numa iniciativa que pretende recolher contribuições e donativos para serem entregues ao movimento Unidos pela Beira. "O que decidimos fazer, e o que achámos que tínhamos mais possibilidades de fazer, era criar uma tarde de música ao vivo. Temos o B. Fachada, a Gisela João, a Selma Uamusse - que é moçambicana - e muitos mais artistas a colaborar connosco", diz à TSF a artista Maria Reis, uma das responsáveis por este encontro solidário.
Além dos concertos no terraço da Galeria Zé dos Bois, no Bairro Alto, a partir das 15 horas, a "Tarde de Domingo de Apoio a Moçambique" conta ainda com a exibição de obras de artistas como António Poppe, Claudia Lancaster, Isabel Lucena, Joana da Conceição, Rodolfo Brito ou Wasted Rita, que podem ser adquiridas por quem passar pela ZDB.
"São artistas com os quais já colaborámos e que acreditamos que também estão dispostos a participar neste movimento, porque neste momento toda a ajuda faz falta. Toda a gente pode colaborar da forma que conseguir e esta é a nossa maneira de ajudar", explica Maria Reis, que acrescenta: "Foi uma espécie de 'open call' para artistas que estivessem dispostos a doar obras deles próprios e a fazer um leilão, para que os lucros pudessem reverter para o movimento Unidos pela Beira".
Nesse sentido, a artista - que também vai atuar este domingo - sublinha: "Pode ser pouco ou pode ser muito, mas penso que o que é importante é criar esta chamada de atenção para que todos estejam envolvidos em algo tão urgente".
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O ciclone Idai atingiu a 14 de março a região sudeste do continente africano, devastando cidades e populações, e causando centenas de mortos em países como Moçambique, Zimbabué e Malawi. Uma catástrofe que não deixou indiferentes os artistas portugueses. "É um problema que vai durar muito tempo e que tem muitas repercussões além do desastre em si. No futuro haverá muito para fazer e toda a ajuda é necessária".
Todas as contribuições e donativos resultantes desta iniciativa vão ser entregues ao movimento cívico Unidos pela Beira, que tem recolhido bens de primeira necessidade e medicamentos para serem enviados para Moçambique. Os concertos decorrem entre as 15 e as 19 horas, na Galeria Zé dos Bois, em Lisboa.
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