DGS anuncia curso para profissionais reforçarem competências sobre atividade física
No ano passado a monitorização da atividade física dos portugueses e dos comportamentos sedentários aumentou 25%.
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A Direção-Geral da Saúde anunciou, na quarta-feira, um curso para todos os profissionais de saúde reforçarem competências no aconselhamento dos cidadãos sobre atividade física. A ideia é incentivar as práticas saudáveis e os estilos de vida fisicamente ativos.
No ano passado, a monitorização da atividade física dos portugueses e dos comportamentos sedentários aumentou 25%, de acordo com os números revelados pela Direção-Geral da Saúde. A ferramenta, criada em 2017 para auxiliar os profissionais dos centros de saúde neste acompanhamento, tem vindo a chegar a mais gente, tendo sido avaliados e registados níveis de atividade física de mais de 100 mil utentes só em 2022.
"O documento faz um ponto de situação sobre as principais estratégias para a promoção da atividade física (AF) implementadas pelo programa no último ano. Além do crescimento das avaliações, com apoio de ferramentas digitais, a realização de aconselhamento breve para a promoção da AF dos utentes registou um aumento de 21%", pode ler-se no comunicado da Direção-Geral da Saúde.
O presidente da Associação de Empresas de Ginásios e Academias de Portugal, José Carlos Reis, confirma que, apesar do aumento do custo de vida, o setor não sofreu uma retração.
"Este fenómeno da inflação não tem trazido problemas para o setor, bem pelo contrário. Estamos numa fase de crescimento e muita retoma das pessoas aos clubes. O único fator que aqui é preponderante é o facto de, com a pandemia, o exercício físico ser hoje um valor acrescido ao qual as pessoas dão muito valor. Foi a única grande vantagem da pandemia para o nosso setor, que foi dos mais fustigados. Hoje em dia tem este efeito porque todos sabem, sem qualquer dúvida, que para ter uma vida mais saudável têm de fazer exercício físico", explicou à TSF José Carlos Reis.
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A generalidade dos utentes avaliados dá conta de um aumento da atividade física e de um decréscimo do tempo que passam sentados. Quase um terço dos utentes com mais de 15 anos cumpriu a recomendação de 150 minutos semanais de atividade física, sendo os valores progressivamente mais reduzidos em idades avançadas.