Foram confirmados dez novos casos de contágio pelo vírus mokeypox em Portugal. São todos homens e estão em situação "estável".
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A Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou esta quarta-feira mais dez casos de varíola dos macacos em Portugal.
No total, foram reportados até ao momento 49 casos, sendo que a maioria das infeções centra-se na região de Lisboa e Vale do Tejo, mas também há registo de contágios nas regiões Norte e Algarve.
Todos os casos confirmados são de homens entre os 26 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos. Estão a ser acompanhados pelas autoridades de saúde, encontrando-se estáveis e em ambulatório.
Aguardam-se resultados laboratoriais do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) relativamente a outras amostras, refere ainda a DGS, num comunicado enviado às redações.
Além disso, "estão em curso os inquéritos epidemiológicos dos casos suspeitos que vão sendo detetados, com o objetivo de identificar cadeias de transmissão, potenciais novos casos, respetivos contactos e ainda eventuais locais de exposição".
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde diz que a doença está a ser acompanhada pelas autoridades e apela à responsabilização individual. "A abordagem deve ser preventiva de comportamentos de risco", afirmou esta manhã António Lacerda Sales, apelando ao "bom senso".
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Isto, tendo em conta que se trata de uma "doença autolimitada, que ainda não tem tratamento, que se desconhece a causa, portanto é uma doença em que há uma certa incerteza e desconhecimento", aponta. "Temos de consolidar esse conhecimento com outros países e é aquilo que estamos a fazer."
A DGS recorda que as pessoas que apresentem lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço, devem consultar um profissional de saúde.
"Ao dirigirem-se a uma unidade de saúde, deverão cobrir as lesões cutâneas", alerta-se.
Perante sintomas suspeitos, como lesões cutâneas, devem também ser adotadas medidas preventivas: evitar o contacto físico direto com outras pessoas, partilhar vestuário, toalhas, lençóis e objetos pessoais.
O secretário de Estado revela ainda que Portugal "tem algumas reservas de vacinas" contra a varíola, mas se se revelar necessário pode adquirir mais.
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A vacinação contra a varíola revelou-se 85% eficaz na prevenção de infeções pelo vírus monkeypox, mas foi interrompida para a população geral em 1980, uma vez que a doença foi considerada erradicada no mundo em 1979.
Segundo a OMS, foi aprovada em 2019 uma vacina de terceira geração para prevenção da varíola e varíola dos macacos, mas ainda não está disponível no mercado. Está também em desenvolvimento um medicamento antiviral.