DGS e ARS/Norte negam que vacinas da gripe estejam a ser dadas a não prioritários
Autoridades garantem, em comunicado conjunto, que não houve qualquer atraso na entrega e que as indicações são iguais às de outros anos.
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A direção-geral da Saúde e a Administração Regional de Saúde do Norte desmentem, em comunicado conjunto, que os centros de saúde e as Unidades de Saúde Familiar da Administração Regional de Saúde do Norte estejam a oferecer a vacina a todos os utentes, mesmo aos que não pertencem a qualquer grupo prioritário.
A notícia foi avançada esta quarta-feira pelo jornal O Minho, que explicava que em causa estará a entrega tardia de cerca de 112 mil doses, que só chegaram em dezembro, um mês depois do previsto. No comunicado conjunto, as autoridades de saúde também negam este atraso e garantem que a última entrega das vacinas no Norte aconteceu a 23 de novembro, uma semana antes do que estava previsto.
Apesar do desmentido da DGS e ARS/Norte, o presidente do Sindicato Independente dos Médicos, Jorge Roque da Cunha, garantia esta manhã à TSF que tinha confirmação "em termos sindicais" de que distribuição de vacinas estava a ser feita "indiscriminadamente".
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"Essas vacinas têm de ser obrigatoriamente reencaminhadas para a situação dos doentes de maior risco. Não faz qualquer sentido fazer com que essas vacinas sejam ministradas indiscriminadamente. Apesar de também ter tido confirmação desta situação, em termos sindicais, eu não quero acreditar que isso seja verdade", sustentou.
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O líder sindical classificou ainda a situação como "mais uma grande trapalhada em relação ao plano de vacinação da gripe".
No comunicado desta tarde, a DGS esclarece que a recomendação feita este ano foi a que já é habitual: a prioridade na administração da vacina da gripe deve ser dada aos grupos de risco e todas as outras pessoas não incluídas nesses grupos podem ser vacinadas na fase final, depois de estarem vacinados os mais vulneráveis.