A Direção-Geral da Saúde indicou hoje que está a analisar a possibilidade de utilização de outra vacina contra a tuberculose (BCG), tendo em conta que a atual está indisponível nos hospitais e centros de saúde desde maio.
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"A Direção-Geral da Saúde, em colaboração com o INFARMED e com o apoio da Comissão Técnica de Vacinação, está a analisar a possibilidade de utilização de outra vacina BCG", refere a DGS, num comunicado publicado na página da internet.
Segundo a DGS, a única vacina BCG que está autorizada em Portugal, e na maioria dos países europeus, é produzida por um laboratório público da Dinamarca, mas, nos últimos anos, "o fornecimento da vacina tem sofrido interrupções imprevistas e de duração variável".
A Direção-Geral da Saúde adianta que esta vacina tem um prazo de validade mais curto do que as outras vacinas do Plano Nacional de Vacinação, não permitindo armazenamento a longo prazo.
"Apesar destes constrangimentos, as coberturas vacinais têm-se mantido elevadas", refere, sublinhando que a vacina BCG "não está disponível nos hospitais e centros de saúde desde maio".
A DGS garante que situação "não constitui um risco para a saúde pública, pois a prevenção e o controlo da tuberculose baseia-se em várias medidas, além da vacinação dos recém-nascidos".
No comunicado, a DGS adianta que os pais dos bebés ainda não vacinados serão contactados pelo respetivo centro de saúde aquando do restabelecimento do fornecimento da vacina.
Em declarações à TSF, a Subdiretora-geral da Saúde admite que "não sabemos se vamos encontrar" a alternativa à vacina BCG produzida por um laboratório público da Dinamarca. Graça Freitas explica que "este é um problema em todo o mundo. Esta vacina é feita no meio de cultura e nem todos os lotes se desenvolvem com a mesma rapidez e com a mesma qualidade".
O armazenamento a longo prazo também não é uma alternativa porque esta "é a vacina que tem o prazo de validade mais curto".
Graça Freitas garante , no entanto, que esta situação não representa qualquer risco para a saúde pública. "Os pais podem fazer a sua vida normal". A Subdiretora-geral da Saúde lembra que a vacinação está longe de ser o único meio de prevenção e controlo da tuberculose.