DGS recomenda que titulares de órgãos de soberania sejam vacinados na 1.ª fase
Direção-Geral da Saúde deixou recomendação, mas sublinhou que as prioridades devem ser decididas pelo próprio Governo.
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Graça Freitas afirmou que a DGS não se opõe e até recomenda que o primeiro-ministro ou o Presidente da República, bem como outros titulares de órgãos de soberania, sejam vacinados já nesta primeira fase do plano de vacinação, mas reconhece que é uma hipótese que ainda "não está totalmente encerrada".
"De um modo geral, tal como fizemos para a pandemia de Gripe A, a Direção-Geral da Saúde considera que há pessoas que pela função que desempenham são tão importantes para o bom funcionamento do nosso país que, se assim o entenderem, devem ser vacinadas já na primeira fase".
Graça Freitas assume que essa é a posição da autoridade nacional de saúde, mas por outro lado não decide, "cabe aos titulares desses órgãos, decidir em termos de prioridade". Considera a diretora-geral de saúde que estão mais habilitados a fazê-lo.
A decisão deverá assim ser tomada caso a caso e, a não ser que integrem algum grupo de risco específico, cada titular de órgão de soberania, desde o Parlamento, ao Governo, passando pela Presidência da República ou por alguns tribunais cada um decide se é ou não vacinado com prioridade.
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Na conferência de imprensa desta terça-feira, a diretora-geral de saúde esclareceu que a vacinação nos lares, que deve avançar no início do mês que vem, também vai obedecer a critérios de prioridade, "por exemplo, os lares que ficam em concelhos de alta incidência do vírus ou lares que têm grande número de utentes, onde há mais risco e também há o caso de lares que tiverem surtos ativos, esses só serão vacinados depois".
Graça Freitas esclareceu ainda que no caso "das residências ou outras instituições que acolhem pessoas com défice cognitivo, com doenças mentais profundas" terão o mesmo tipo de tratamento e prioridade que os lares de idosos, "exatamente pelas características das pessoas que vivem nestes sítios".
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1 775 272 mortos resultantes de mais de 81,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 6751 pessoas dos 400 002 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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