DGS teme que verão reduza o uso de máscara e agrave o risco de doenças crónicas
Plano de contingência para o verão avalia os efeitos do calor sobre a evolução da pandemia.
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A Direção-Geral da Saúde (DGS) avisa que as temperaturas elevadas "podem agravar o impacto da Covid-19 por descompensação das doenças crónicas de base", mas também reduzir o uso de máscaras.
O alerta anterior está no plano de contingência para preparar os serviços de saúde para o próximo verão.
A DGS admite que o aumento das temperaturas pode limitar a transmissão do SARS-CoV-2, mas mesmo assim é preciso cuidado, não apenas pela descompensação de doenças crónicas que se sabe que durante as ondas de calor costumam causar um aumento da mortalidade.
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Em paralelo, "a maior mobilidade e contactos entre pessoas podem potenciar a transmissão do vírus" e "a taxa de ocupação em zonas balneares, o aumento da procura de cuidados de saúde relacionados com o calor, associado ao aumento do número de casos de Covid-19, podem sobrecarregar a resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em determinadas regiões".
O plano da DGS recorda, aliás, que regiões como o Algarve costumam aumentar a sua população durante o verão devido ao turismo.
Finalmente, o documento explica que "as temperaturas extremas (ondas de calor) poderão propiciar o aumento do tempo de permanência em espaços fechados climatizados (mais frescos) potencialmente com reduzida renovação de ar", num ambiente propício aos contágios.
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"O aumento da temperatura do ar pode reduzir a adesão do uso de máscara facial, devido ao maior desconforto, constituindo um maior risco de exposição e contágio por SARS-CoV-2 nesses espaços fechados", avisa a DGS.