No meio da serra algarvia há uma pastelaria com fabrico próprio que fornece muitos restaurantes e cafés da zona. A proprietária não deixa ninguém entrar na cozinha, nem revela os segredos.
Corpo do artigo
Vamos lá então ver a montra. "Temos queijinhos de alfarroba recheados com doce de ovos moles, bolinho de figo com amêndoa, os D. Rodrigo..."
Na pastelaria Tesouros da Serra, Fátima Galego enumera os variados doces que estão expostos para o público. Quem não conhece por exemplo os típicos bolinhos algarvios com forma de frutas? "São frutinhas de maçapão feitas com amêndoa selvagem que tem um sabor diferente", explica. "Há uma mistura do amargo da amêndoa com o doce", diz esta pasteleira que trabalha há 36 anos na profissão.
TSF\audio\2017\05\noticias\17\maria_augusta_casaca_doces_algarvios
Os segredos dos doces foram passados pela avó paterna, mas ela não os revela a ninguém, nem aos seus três filhos. "São segredos muito grandes que irei revelando aos poucos, mas ainda não comecei".
Por isso os funcionários desta pastelaria situada no sítio do Tesouro, concelho de S. Brás de Alportel não sabem quais os ingredientes e as quantidades que leva cada bolo. Fátima amassa tudo depois de todos terem saído da fábrica e só no dia seguinte os funcionários confecionam as guloseimas com a matéria-prima que ela deixou pronta.
Fátima Galego faz também licores e chás com ervas locais.
Não faltam portugueses e estrangeiros a deslocarem-se ao local para irem saborear as guloseimas. E o livro da casa está cheio de elogios: "Se queremos ter bons clientes temos que lhes dar qualidade e uma das primeiras qualidades é saber receber". Com doces a que é difícil resistir.