O Dia Internacional do Idoso está a ser comemorado de forma especial em Portimão. A autarquia ofereceu um almoço de homenagem aos centenários que residem no Município. As suas histórias de vida cruzam-se com a própria história e o quotidiano da cidade e das suas freguesias.
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A idade de todos juntos perfaz quase um milénio. São oito mulheres e homens centenários, com idades entre os 100 e os 106 anos. É o caso de Maria Joaquina: "Fiz 100 anos no dia 10 de janeiro", conta, enquanto uma manicure lhe arranja as unhas.
Neste Dia Internacional do Idoso a câmara Municipal de Portimão decidiu oferecer um almoço especial a estas pessoas e possibilitar às senhoras arranjarem as unhas e o cabelo. Isilda Gomes, a presidente da autarquia considera que é preciso homenagear estes idosos porque "eles são também parte da história do concelho".
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Maria Joaquina trabalhou no campo e numa fábrica de conservas, que foi a principal indústria de Portimão. Hoje, ainda vive na sua casa e deita a mão a todos os trabalhos.
"Varro a casa, lavo o chão, lavo a loiça...", garante Daniel, outro idoso, está de pé a ouvir o som do acordeão que anima o espaço. Não se quer sentar. Já fez 101 anos e vive com a mulher, Maria Perpétua, de 94 anos. Ambos trabalharam no campo. A mulher conta que ia vender " molhinhos de caldo verde a 5 tostões cada um", em cima de um burro.
Maria Perpétua ainda anda de autocarro sozinha para ir às compras. Está casada com Daniel há 76 anos. Diz que a razão para se manter com tanta vitalidade é "o trabalho que teve toda a vida". O facto de se manter casada há 76 anos "não tem segredo". "Um rapaz gosta de uma rapariga e depois é fazer a vida juntos até Deus querer", afirma.
Uma receita simples para esta idosa e para tantos outros ali presentes com uma muito longa, longuíssima vida.