Em contagem decrescente para o debate do Orçamento do Estado para 2023, o Governo convidou os partidos da esquerda, o PAN e o Livre para reuniões de trabalho.
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São reuniões informais e sem declarações à saída, apenas para sinalizar aquilo que o Governo considera ser um "diálogo constante, construtivo e aberto em todos os principais dossiês governativos".
Já lá vão os tempos dos governos minoritários do PS, quando cada Orçamento era precedido de negociações, por vezes, até ao último minuto.
Agora trata-se de mostrar, como disse recentemente António Costa, que "nenhuma maioria absoluta se basta a si própria". Mas até a que ponto essas palavras são traduzidas na aceitação de propostas é algo que só o debate na especialidade pode revelar.
O convite foi dirigido aos antigos parceiros: Bloco de Esquerda, PCP e PAN a que se junta o Livre.
O partido de Rui Tavares adianta que esta é uma reunião "exploratória," onde vai tentar sensibilizar o Governo para a necessidade de mitigar os efeitos da inflação.
No último Orçamento de Estado, o primeiro na nova maioria, o Governo conseguiu a abstenção na generalidade por parte do PAN e do Livre, depois de acolher algumas propostas apresentadas durante o debate na especialidade.
De fora ficaram, para já, o PSD, a Iniciativa Liberal e o Chega.