O jovem manifestante João foi um dos milhares que saíram hoje à rua, em Lisboa, para «contestar todas as políticas» e um Orçamento de Estado que considera representar «um grande retrocesso para o país».
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À chegada ao parlamento, destino final da manifestação convocada pelo movimento "Que se lixe a troika" para a capital, João defendeu que não devia ser apenas "uma mão cheia de pessoas a determinar as contas do país".
Com mais idade, José Vaz, faz valer a sua memória e lembrar que nem antes do 25 de Abril viu o país assim.
«Gostava de ver os ladrões como Cavaco Silva e Passos Coelho na prisão. Sou funcionário público há 39 anos, e há 39 anos que estou a ser roubado», disse o manifestante.
José Vaz disse ter assistido à Revolução de Abril e confessou nunca ter esperado "vir a passar por esta vergonha".
Aos 72 anos, Noélia Oliveira também fala do 25 de Abril e do desejo de que esse espírito "continue bem vivo" no país.
«Já vivi o antes [do 25 de Abril] e sei que é preciso lutar, vir para rua e dizer basta. É preciso uma alternativa», defendeu.
Para esta manifestante, as medidas tomadas pelo Governo «estão a aprofundar e não a salvar da crise» nacional.