O estudo pedido pelo governo contou mais de 100 mil precários. Mas não consegue dizer quantos são, de facto, temporários e quantos exercem funções permanentes.
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O Ministério da Educação é o que tem mais trabalhadores fora dos quadros. São mais de 26 mil pessoas, qualquer coisa como um quarto das situações detetadas, mas o relatório não discrimina, ou seja, não é dito quantas desempenham funções permanentes e quantas estão em lugares em que a prestação de serviços é mesmo verdadeira.
Na Defesa, há mais de 12 mil casos. São contratos a termo resolutivo, o nome que se dá, no Estado, aos contratos a prazo, previstos na lei para situações temporárias. Neste caso, existe um vínculo, determinado por concurso, mas válido apenas durante um período de tempo bem definido.
O Diário de Notícias escreve que são quase todos os militares em regime de voluntariado, com contrato ou com contrato especial. O jornal garante que são situações que estão de acordo como Estatuto das Forças Armadas.
Na Administração Interna, o grupo de trabalho identificou 955 contratados a prazo. A esmagadora maioria - 920 - é vigilante florestal, apenas entre maio e outubro, durante a época mais complicada dos fogos. São, por isso, trabalhadores sazonais.
Em todos estes casos, o relatório assume que não é possível dizer quantos são falsos precários e quantos exercem, de facto, funções temporárias. Este é o próximo passo e tem de ser dado até ao final de março. Só depois vai ser possível quantificar o número de novos trabalhadores que são precisos no Estado.