Autoridades de saúde confirmam que 10 casos já foram confirmados pelo Instituto Nacional de Saúde, Dr. Ricardo Jorge. Há crianças entre os casos suspeitos.
Corpo do artigo
A Direção-Geral da Saúde confirmou a existência de 14 casos de sarampo na Região de Lisboa e Vale do Tejo, sendo que 10 já foram confirmados em laboratíorio pelo Instituto Nacional de Saúde, Dr. Ricardo Jorge.
Em comunicado, a DGS esclarece que os "casos configuram a existência de dois surtos distintos, ambos com origem em casos de doença importados de países europeus". As autoridades de saúde acrescentam ainda que, até à data, "todos os casos confirmados são em adultos, um dos quais se encontra internado e clinicamente estável.
Diretora-geral da Saúde alerta que número de casos ainda pode aumentar
Ouvida pela TSF, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas alerta que podem surgir mais casos, isto porque "ainda há casos em investigação laboratorial. Estamos à espera que se confirme se são casos ou não."
Graça Freitas adianta que um dos pequenos surtos "pode já ter terminado, aparentemente terminou", acrescentando que "é expectável que nos próximos dias saibamos de mais alguns casos".
A responsável assegura que este é um cenário normal em "casos importados", garantindo que este surto "não foi de geração nacional, não há uma reintrodução do vírus no nosso país."
Há, neste momento, uma única pessoa internada, em situação estável, num hospital de Lisboa. Os infetados são, neste momento, todos adultos mas há crianças entre os casos suspeitos.
"Entre os casos em investigação há crianças, não estão é confirmados", explica Graça Freitas, reforçando que ainda se aguardam os resultados dos testes em laboratório.
Comunicado da Direção-Geral da Saúde
"A Direção-Geral da Saúde informa:
1. Entre os dias 8 e 21 de novembro de 2018, foram notificados na Região de Lisboa e Vale do Tejo 14 casos de sarampo, 10 dos quais confirmados laboratorialmente pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge;
2. Estes casos configuram a existência de dois surtos distintos, ambos com origem em casos de doença importados de países europeus;
3. Até à data, todos os casos confirmados são em adultos, um dos quais se encontra internado e clinicamente estável;
4. Está em curso a investigação epidemiológica detalhada da situação, que inclui a investigação laboratorial de todos os casos;
5. O vírus do sarampo é transmitido por contacto direto com as gotículas infeciosas ou por propagação no ar quando a pessoa infetada tosse ou espirra. Os doentes são considerados contagiosos desde 4 dias antes até 4 dias depois do aparecimento da erupção cutânea;
6. Os sintomas de sarampo aparecem geralmente entre 10 a 12 dias depois da pessoa ser infetada e começam habitualmente com febre, erupção cutânea (progride da cabeça para o tronco e para as extremidades inferiores), tosse, conjuntivite e corrimento nasal;
7. A Direção-Geral da Saúde e a rede de Autoridades de Saúde, em colaboração com o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge e com os profissionais de saúde, estão a acompanhar a evolução da situação de acordo com o previsto no Programa Nacional da Eliminação do Sarampo. Assim, recomenda-se: • Verifique o seu boletim de vacinas; se necessário, vacine-se e vacine os seus; • Se esteve em contacto com um caso suspeito de sarampo e tem dúvidas ligue para o SNS 24 - 808 24 24 24; • Se tem sintomas sugestivos de sarampo evite o contacto com outros e ligue para o SNS 24 - 808 24 24 24;
8. Recorda-se que o sarampo é uma das doenças infeciosas mais contagiosas podendo provocar doença grave, principalmente em pessoas não vacinadas; Comunicado nº C152_01_v1, de 21/11/2108 2/2 Alameda D. Afonso Henriques, 45 | 1049-005 Lisboa - Portugal | Tel: +351 21 843 05 00 | Fax: + 351 21 843 05 30 | E-mail: geral@dgs.min-saude.pt | www.dgs.pt
9. Em pessoas vacinadas a doença pode, eventualmente, surgir mas com um quadro clínico mais ligeiro e menos contagioso;
10. As pessoas que já tiveram sarampo estão imunizadas e não voltarão a ter a doença"