Luís Graça criticou um estudo feito pela Entidade Reguladora da Saúde sobre serviços de obstetrícia, ginecologia e pediatria e considerou que o regulador faz «rankings disparatados».
Corpo do artigo
O director do Serviço de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital de Santa Maria comparou às avaliações feitas pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS) às feitas pela agência de rating Moody's.
Ouvido pela TSF, Luís Graça considera que tal como a agência de notação financeira norte-americana, também o regulador da saúde faz «ranking disparatados que não são sustentados em coisa nenhuma».
Comentando uma avaliação da ERS a mais de meia centena de serviços públicos e privados de ginecologia, obstetrícia e pediatria, este clínico considerou mesmo que o regulador «é um corpo estranho dentro da saúde em Portugal».
O também presidente da Associação Portuguesa de Obstetrícia e Medicina Materno-Fetal contestou o facto de a maternidade do Hospital São Francisco Xavier «estar entre as cinco primeiras» do estudo da ERS.
«Não sei quais foram os parâmetros em que a ERS se baseou para este ranking, mas provavelmente terá sido a vista para o Tejo, coisa que o Hospital de Santa Maria não tem», ironizou.
Luís Graça, que exige o fim destes «pseudo-rankings e pseudo- avaliações», assinalou ainda que as maiores maternidades do país não foram incluídas no estudo do regulador, incluindo a do Hospital de Santa Maria.
Este clínico entende mesmo que é «absolutamente surrealista» haver um estudo que não coloca maternidades como a Alfredo da Costa ou a do Hospital de São João nos primeiros lugares deste ranking.
«Até agora não vi nada de substancial desta Entidade Reguladora da Saúde a não ser extorquir milhares e milhares de euros às instituições e médicos», concluiu Luís Graça, que assegurou que o regulador nunca pediu qualquer tipo de informação a este serviço.