Rui Rio vai propor, este sábado, que as eleições internas no partido sejam antecipadas para 20 de novembro. Paulo Rangel recorda que há que respeitar os direitos dos militantes.
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Paulo Rangel considera que marcar as eleições diretas no PSD para dia 20 de novembro, a data proposta por Rui Rio, pode ser demasiado cedo. O candidato opositor do atual líder do partido entende que podem estar em causa os direitos dos militantes do partido.
Embora afirmando que há espaço para antecipar as diretas, Rangel defende que não se tem de entrar "numa corrida" e que é preciso que haja consenso, porque há questões jurídicas em causa.
"Concordo com a antecipação do congresso plenamente, com a antecipação das eleições também, mas, por ventura, 20 de novembro não chega", disse Paulo Rangel, esta tarde, na chegada a Aveiro, para a reunião do Conselho Nacional social-democrata. Para o candidato à liderança do PSD, dia 27 de novembro será uma escolha mais "razoável".
Rangel sublinha que "há total espaço para se construir uma solução de consenso que antecipe eleições", mas que esta tem sempre de respeitar "integralmente os direitos dos militantes". "Espero que esta abertura exista também do lado da outra candidatura", acrescentou.
O presidente do PSD, Rui Rio, anunciou, este sábado, que "para melhorar a situação", a melhor data para as eleições diretas do partido é o dia 20 de novembro, com uma possível segunda volta uma semana depois, a 27 de novembro, e posterior congresso a 11 e 12 de dezembro.
O Conselho Nacional do PSD está reunido, este sábado, em Aveiro, para fazer a análise da situação política - perante a marcação, pelo Presidente da República, de eleições legislativas para 30 de janeiro -, e reavaliar o calendário eleitoral interno.
Na última reunião do órgão do partido, tinha ficado marcada a data de 4 de dezembro para as eleições internas e os dias 14, 15 e 16 de janeiro para a realização do congresso do PSD.