Do lado dos sindicatos, a Fenprof lembra os problemas com a contratação de professores. A FNE recorda que é preciso acompanhar a medida com recursos financeiros.
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A Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas gostaram das novidades apresentadas pelo ministro da Educação relativamente às escolas com contratos de autonomia.
Ouvido pela TSF, o presidente da associação, Adalmiro da Fonseca, diz que são medidas «positivas» mas é preciso encontrar a «melhor maneira» de avançar com a questão da contratação direta de professores.
Sobre a possibilidade das escolas com autonomia passarem a ter maior liberdade em gerir currículos e cargas horárias, Adalmiro da Fonseca saudou o facto de, finalmente, a medida estar em cima da mesa.
Do lado dos sindicatos, a Fenprof centra-se na questão da contratação dos professores para lembrar que as escolas com contratos de autonomia tiveram problemas no passado com a contratação de professores uma vez que muitos candidatos às ofertas das escolas estavam colocados em vários estabelecimentos de ensino.
O dirigente Mário Nogueira, ouvido pela TSF, considera que uma das soluções para garantir que o ano lectivo comece sem sobressaltos seria recorrer na mesma à bolsa nacional de professores.
Mário Nogueira adianta que a Fenprof não tem conhecimento das intenções do Governo mas garante que há muito tempo que tentam alertar o ministro para fazer alterações na contratação de professores pelas escolas com contratos de autonomia, e até agora não tiveram resposta.
A Federação Nacional de Educação (FNE) diz desconhecer o teor da proposta do ministro mas concorda com o princípio geral de autonomia das escolas e avisa que é preciso acompanhar a medida com recursos financeiros.
Ouvido pela TSF, João Dias da Silva, da FNE, lembra também que o ministério deve demonstrar confiança nos professores.