O grupo de dirigentes mais próximo de Paulo Portas propõe que o Governo, nos próximos dois anos, acabe com o corte nos salários e pensões, aumente o salário mínimo nacional e baixe o IRS.
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As ideias estão expressas numa moção que vai ser defendida no congresso do CDS-PP, marcado para 6 e 7 de Julho. António Pires de Lima, Adolfo Mesquita Nunes e João Almeida são alguns dos subscritores da proposta.
O núcleo duro de Paulo Portas diz sentir-se profundamente incomodado com o rumo da evolução da economia e que os atuais níveis de desemprego são totalmente inaceitáveis.
Os pincipais conselheiros do ministro de Estado são da opinião de que algo tem de mudar daqui para a frente.
«Quer do ponto de vista económico, quer do ponto de vista social nós estamos muito pior do que era previsto no programa de assistência», diz João Almeida.
Este grupo de figuras próximas de Portas assumem publicamente na Moção que levam ao Congresso as críticas que muitas vezes são feitas em surdina.
Para João Almeida «dois anos é um prazo razoavel para recuperar desses cortes e para devolver rendimento que neste momento está cortado».
«Aquilo que aconteceu em 2013 com o aumento do IRS tem que regredir o mais depressa possível» e o salário mínimo nacional tem de ser atualizado para os «500 euros e recuperar a trajetoria de atualização anual», diz o atual porta-voz do CDS-PP e um dos subscritores da moção que defende que «o Governo tem de estar disponível para dar sequencia ao acordo que surja da concertação social».
O Congresso do CDS-PP realiza-se a 6 e 7 de Julho na Póvoa de Varzim. Paulo Portas vai, esta terça-feira, apresentar publicamente a moção que leva à Póvoa de Varzim.