Primeiro-ministro garante que Portugal apoiará a decisão europeia relativamente às taxas para as empresas que produzem combustíveis fósseis.
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António Costa considera que o secretário-geral da ONU, António Guterres, teve um "discurso marcante" pela paz, apelando às verdadeiras ferramentas de apoio ao desenvolvimento sustentável em todo o mundo e lembrando que "a guerra não é só contra a Ucrânia".
"A situação de guerra implica que a Rússia ponha termo ao conflito, não podemos ignorar as consequências dramáticas da guerra. O Presidente do Chile referiu o mesmo. O mundo tem urgência porque esta guerra não é só contra a Ucrânia, está a ter consequências gravíssimas em termos internacionais. Tudo o que sejam pontes de diálogo são sinais positivos", explicou António Costa na assembleia-geral da ONU, em Nova Iorque, nos EUA.
Perante o pedido de António Guterres para taxar empresas que produzem combustíveis fósseis, o governante português disse que é uma questão que o Executivo tem estado a analisar de acordo com as informações que vai recebendo da entidade reguladora.
"Há uma proposta da Comissão Europeia que será apresentada ao Conselho e Portugal apoiará essa decisão europeia. Não sabemos quanto tempo é que essa decisão europeia demora. Do nosso lado continuamos a fazer o trabalho de casa, essa avaliação", esclareceu o primeiro-ministro.
Costa lembrou também que Portugal tem tido uma posição clara de condenação absoluta da guerra, mas sempre manteve abertas as portas ao diálogo com a Rússia.
Já a candidatura portuguesa ao Conselho de Segurança da ONU é justificada pela "grande consistência" que a política externa do país tem tido desde o 25 de Abril, permitindo a Portugal "ser ponte de ligação entre culturas, continentes e línguas".