Em termos de custos, o secretário de Estado João Almeida, admite mais dinheiro que o executado e até que o previsto no ano passado.
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O dispositivo de combate a incêndios florestais vai ser este ano reforçado com 17 equipas e terá um custo de mais de 80 milhões de euros, anunciou hoje o comandante operacional nacional, José Manuel Moura.
Em conferência de imprensa de apresentação do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF), que decorreu na Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), o comandante José Manuel Moura adiantou que, este ano, o distrito de Viana dos Castelo vai ser reforçado com mais três equipas de intervenção permanente.
A época mais crítica de incêndios florestais, que decorre entre 01 de julho e 30 de setembro, vai este ano contar com um total de 2.234 equipas, 2.050 veículos, 9.721 operacionais e 49 meios aéreos, um dispositivo idêntico ao de 2014.
José Manuel Moura referiu que, tal como aconteceu em 2014, o dispositivo de combate a incêndios vai contar também com as 104 máquinas de rasto, «instrumentos fundamentais em determinados tipos de incêndios», e os bombeiros vão ter ao dispor autocarros para rendição de grupo.
O comandante operacional nacional explicou que o reforço de 17 equipas de combate a incêndios florestais está relacionado com a capacidade instalada nos corpos de bombeiros.
«Esta foi a disponibilidade demonstrada no território nacional para podermos aumentar o dispositivo e só foi possível em 17 corpos de bombeiros», disse, adiantando que o reforço de três equipas permanentes no distrito de Viana do Castelo deve-se à dificuldade em recrutar bombeiros nesta região, que tem necessidade de exportar ajuda de outros distritos.
Também presente na conferência de imprensa, o secretário de Estado da Administração Interna, João Almeida, disse que o DECIF está orçado em mais de 80 milhões de euros, valor que «está em linha do que tem sido o investimento dos últimos anos», apesar de ser «uma previsão».
João Almeida afirmou ainda que antes da época crítica de incêndios florestais vai entrar em vigor a lei do financiamento das corporações de bombeiros.
Por sua vez, a ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues, disse que o dispositivo para este ano «não é em nada inferior ao de 2014», tendo existido «mais investimento em equipamentos, formação, preparação e experiência».
Em 2014, o total da área ardida foi de 19.867 hectares, o segundo valor mais baixo dos últimos 35 anos, e registaram-se 7.186 ocorrências de fogo, o valor mais baixo dos últimos 25 anos.
O dispositivo começa a ser activado a 15 de Maio, com a entrada na fase mais intensa, a chamada Fase Charlie, de 1 de Julho a 30 de Setembro.