"Distúrbios inadmissíveis" na Grande Lisboa: Governo "fará tudo" para levar responsáveis por tumultos à Justiça
A responsável pela pasta da Administração Interna revela que, durante a noite, foi realizada uma "reunião de urgência" com o Sistema de Segurança Interna
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A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, afirmou esta quarta-feira estar em "permanente" contacto com as forças policiais e garantiu que tudo fará para levar "todos aqueles que participaram nestes tumultos à Justiça".
Os desacatos que decorrem desde segunda-feira após a morte de um homem baleado pela PSP espalharam-se esta terça-feira à noite a várias zonas de Lisboa, nomeadamente Carnaxide (Oeiras), Casal de Cambra (Sintra) e Damaia (Amadora).
Em declarações aos jornalistas, Margarida Blasco confirmou a detenção de três pessoas, deixando uma palavra de apoio "àqueles que estão a trabalhar pela tranquilidade e para acabar com estes distúrbios perfeitamente inadmissíveis, que não permitem às populações deslocarem-se e fazerem a sua vida laboral normal e acompanhar as crianças à escola".
"De todos aqueles que têm atuado nestes distúrbios, três já se encontram detidos e tudo faremos para levar todos aqueles que participaram nestes tumultos à Justiça", vinca.
A responsável pela pasta da Administração Interna revela ainda que, durante a noite, foi realizada uma "reunião de urgência" com o Sistema de Segurança Interna.
"Eu estou em permanente contacto com todas as forças de segurança e principalmente com a PSP que está nos diversos locais a acompanhar e a repor a ordem pública", assegura.
Margarida Blasco sublinha igualmente que a PSP, em articulação com todas as outras forças de segurança, está "a repor a ordem e a dar apoio às populações que querem seguir o seu dia a dia normalmente".
A governante insiste que o Executivo tem estado a acompanhar "todos os desenvolvimentos", de forma permanente, e afirma que estes "atos de vandalismo" são "inadmissíveis", lamentando que ponham em causa a "segurança pública".
Questionada ainda sobre um possível reforço policial nos bairros onde têm ocorrido os desacatos, Margarida Blasco responde apenas que não revelará "qualquer ação operacional".