Documento do óbito de Ihor refere "paragem cardiorrespiratória" e não "morte por causas naturais"
O que diz, afinal, o "certificado" - que será apenas uma "verificação" de óbito - do ucraniano Ihor Homeniuk, morto no aeroporto de Lisboa?
Corpo do artigo
O documento do INEM que confirmou a morte de Ihor Homeniuk nas instalações do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) não refere "morte por causas naturais", mas sim "paragem cardiorrespiratória após crise convulsiva".
É isso que diz o documento a que a TSF teve acesso, depois de ontem o Ministro da Administração Interna ter dito, no Parlamento, aos deputados, que a primeira certidão de óbito referia "morte por causas naturais" - causas que segundo Eduardo Cabrita "não têm nada a ver" com aquilo que mais tarde se veio a concluir.
O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, já garantiu, entretanto, que os documentos que recebeu na terça-feira do Ministério da Administração Interna (MAI) não referiam em lado nenhum que a morte tenha sido por "causas naturais", sublinhando que aquilo que lhe foi encaminhado nem sequer é uma certidão de óbito mas apenas um documento do INEM a confirmar o óbito do cidadão ucraniano, algo comum neste tipo de casos em que é chamada a emergência médica.
13147020
O documento de verificação do óbito do Centro de Orientação de Doentes Urgentes do INEM, de apenas uma página, não diz, de facto, em lado nenhum - como confirmou agora a TSF - "morte por causas naturais".
Aquilo que está escrito aponta, no entanto, para uma causa de morte: "paragem cardiorrespiratória após crise convulsiva'', sendo acrescentado, logo de seguida, que foram "utilizadas manobras de reanimação cardio respiratórias sem sucesso. Óbito às 18h40".
13145818
13141670