Para já, as 246 mil doses que a Pfizer não consegue entregar no primeiro trimestre virão reforçar a remessa do segundo trimestre.
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Até abril Portugal não conta, para já, com mais do que um milhão e duzentas mil doses de vacina da Pfizer. Doses suficientes para, sensivelmente, meio milhão de pessoas.
Para já, as 246 mil doses que a empresa não consegue entregar no primeiro trimestre virão reforçar a remessa do segundo trimestre. Depois não se sabe se as próximas farmacêuticas na lista irão conseguir aprovar, produzir e entregar vacinas até abril.
Mais seguro é dizer que, até final de janeiro, a Pfizer faz chegar ao nosso país, em contentores refrigerados, 62 caixas com 312 mil doses. São 58 caixas para o continente e quatro para o Funchal e Ponta Delgada.
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Estas doses vão dar para vacinar 139 mil pessoas: primeiro os profissionais de saúde e, em seguida, os utentes e trabalhadores dos lares. Francisco Ramos, coordenador do plano nacional de vacinação, confirma que a primeira entrega de vacinas este mês será meramente simbólica.
Ainda não se sabe quem serão os primeiros profissionais de saúde a estrear a vacina. Em princípio vão ser os que trabalham com doentes Covid e em cuidados intensivos.
"Na última semana do ano vacinaremos apenas profissionais de saúde, que são também parte dos grupos prioritários indicados e queremos proteger aqueles que nos protegem. Em janeiro, dia 5, receberemos cerca de 300 mil doses, o que significa que durante esse mês teremos condições para vacinar cerca de 120 mil pessoas residentes em lares e respetivos profissionais e um total de cerca de 20 mil profissionais de saúde", explicou Francisco Ramos.
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A partir daqui o cenário é mais incerto. O que está previsto é que só em abril se começarão a vacinar as pessoas do primeiro grupo de risco, com comorbilidades. Pessoas essas que ainda estão a ser identificadas pelos centros de saúde e que irão ser chamadas por SMS, num primeiro momento.
Quem quiser agendar a toma da primeira e segunda dose, quem não responder ao SMS ou disser que não quer ser vacinado fica para um contacto posterior a estabelecer pelo centro de saúde.
As segundas e terceiras fases do plano ainda estão em branco. A única certeza é que o processo de vacinação será longo, de muitos meses e tão cedo não poderemos pôr de lado as medidas de precaução que nos podem defender do novo coronavírus.
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