Sindicato dos Magistrados do Ministério Público considera que a Procuradoria perdeu vitalidade. Já a Ordem dos Advogados faz uma leitura positiva destes dois anos de mandato.
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A Procuradora Geral da República, Lucília Gago, completa esta segunda-feira dois anos de mandato. Numa análise ao trabalho realizado, o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público considera que "há uma diferença substancial em relação à direção anterior" e que a Procuradoria "perdeu energia".
Ouvido pela TSF, António Ventinhas considera que Lucília Gago é uma procuradora mais distante dos seus pares que os antecessores e defende que quem dirige "tem que mobilizar toda a instituição, de imprimir um certo dinamismo à instituição em termos de grandes projetos, objetivos, definições estratégicas, de mobilizar as próprias pessoas".
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António Ventinhas lembra que, nestes dois anos, a maior polémica surgiu com um parecer do Conselho Consultivo da PGR que permitia aos superiores hierárquicos o direito de emitir ordens e instruções concretas sobre determinadas diligências processuais. Um caso que o Sindicato considera estar suspenso, mas não encerrado.
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Pelo contrário, o Bastonário da Ordem dos Advogados, Menezes Leitão faz uma leitura "muito positiva" do mandato da Procuradora.
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"Temos visto que o Ministério Público tem atuado com muita eficácia relativamente a muitas situações que ocorriam. Podemos dizer que pela primeira vez a justiça chegou à Justiça", disse o bastonário.