Dois anos depois da recomendação do parlamento não há ainda decisão sobre vacina pneumocócica

Global Imagens/ Leonel de Castro
Há dois anos a Assembleia da República aprovou uma recomendação para que a vacina pneumocócica, que previne doenças como meningites, pneumonias e otite, seja incluída no Plano Nacional de Vacinação. Mas tal ainda não aconteceu.
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A demora na adoção de uma decisão é considerada por Graça Freitas como normal. A responsável da Direção-Geral da Saúde diz que não é culpa nem dos técnicos, que estudaram as várias alternativas, nem do poder político. Lembra que a bactéria em causa exige estudos complexos e demorados.
Em declarações à TSF, Graça Freitas adianta que já seguiram para o Ministério da Saúde as várias alternativas que resultaram do estudo dos peritos.
A inclusão da vacina pneumocócica no Plano Nacional de Vacinação é apenas uma das possibilidades. Os «benefícios para a saúde e os custos para todos nós» terão de ser avaliados.
Uma das alternativas, que está agora nas mãos do ministro da Saúde, passa por aumentar o número de pessoas abrangidas. Outra possibilidade será incluir a vacina no Plano Nacional de Vacinação, seguindo a recomendação aprovada há dois anos na Assembleia da República.
Ouvido também pela TSF, Carlos Robalo Cordeiro, presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia admite que dois anos é demasiado tempo para comparticipar esta vacina. Sublinha que as vantagens são claras, mesmo em termos financeiros para o Estado. A vacina permitirá que se poupe dinheiro no tratamento de doentes.
A Sociedade de Pneumologia lembra que Portugal é o país da Europa onde mais se morre por pneumonia dentro dos hospitais.